As quatro universidades federais de Pernambuco – UFPE, UFRPE, UFAPE e Univasf – enfrentam sérios desafios financeiros em 2025, devido à redução nos repasses do governo federal para o setor. A crise foi tema de uma reunião entre os reitores das instituições, realizada nesta terça-feira (15), na Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.
Estiveram presentes no encontro os reitores Alfredo Gomes (UFPE), Maria José de Sena (UFRPE), Airon Melo (UFAPE) e Telio Nobre Leite (Univasf), que expressaram preocupação com os impactos da nova metodologia de liberação de verbas, agora divididas em 1/18 do orçamento total, em vez do modelo tradicional de 1/12 por mês. Essa alteração dificulta o planejamento financeiro das universidades, que já lidam com crescentes demandas por infraestrutura, manutenção e apoio à pesquisa.
Os gestores alertam que a situação pode comprometer o funcionamento de projetos acadêmicos, bolsas de estudo, programas de extensão e a qualidade do ensino superior. Segundo os reitores, a retenção orçamentária afeta diretamente a permanência estudantil e a capacitação de docentes e técnicos administrativos.
A UFPE, anfitriã da reunião, destacou que o problema atinge instituições de todo o país, refletindo uma crise nacional no ensino superior público. Diante disso, os reitores reforçaram a necessidade de mobilização e diálogo com o governo federal para garantir o reajuste nos repasses e preservar o papel estratégico das universidades públicas.
Apesar das dificuldades, as instituições reafirmaram o compromisso com a manutenção das atividades acadêmicas e a busca por soluções alternativas para garantir a continuidade dos serviços prestados à sociedade. A expectativa é por uma sinalização mais concreta do governo em relação à recomposição orçamentária e ao fortalecimento do ensino superior gratuito e de qualidade.
* Com informação da Assessoria e foto/ imagem de Divulgação/ Luciana de Souza Leão
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